“Como bispos, nosso desejo é aprofundar na consciência do nosso povo sobre este grande mistério da fé e despertar sua iração diante deste dom divino, no qual alcançamos a comunhão com o Deus vivo”, disse nesta semana dom José Gomez, arcebispo de Los Angeles, em relação ao documento sobre a Eucaristia que está sendo preparado pelo episcopado dos EUA. Gomez, que é o presidente da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB), disse que o documento será apresentado para revisão em novembro.

Em sua assembleia anual na semana ada, os bispos dos Estados Unidos aprovaram, por 168 votos a favor, 55 contra e 6 abstenções, a redação de um documento sobre o “significado da Eucaristia na vida da Igreja”. Segundo o arcebispo de Los Angeles, o documento se centrará na “beleza e no poder da Eucaristia”.

O texto será orientado ao povo católico em geral e inclui uma seção intitulada “coerência eucarística”, sobre a dignidade necessária para receber a Comunhão. A Igreja ensina que os católicos conscientes de ter pecado gravemente desde a sua última confissão não podem receber o sacramento da Eucaristia. O tema se tornou importante com a posse de Joe Biden como presidente dos EUA. Biden, que se declara católico, já tomou várias medidas de apoio ao aborto e ao lobby LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais). Vários bispos americanos orientaram suas dioceses a negar a comunhão a figuras públicas que, como Biden, apoiem publicamente posições contrárias aos ensinamentos da Igreja.