Paulo Agostinho Matica é catequista na Paróquia de São Bento, em Palma, Moçambique. No último dia 4 de junho, ele entregou ao apostólico de Pemba, dom António Juliasse, um “tesouro” que salvou dos ataques de terroristas muçulmanos em sua comunidade: os livros de registros da paróquia. “Com os livros que chegaram está também uma história muito grande do seu empenho”, disse o bispo.

A história teve início dois meses e onze dias antes desse encontro entre Matica e dom Juliasse.  Em 24 de março, terroristas islâmicos atacaram Palma e, na ocasião, Matica estava trabalhando na paróquia. “Eu estava lá dentro, na casa dos padres… eram 14 horas. O Al Shabaab (grupo jihadista que atua no lesta da África) chega e ataca a paróquia de Palma”, relatou à Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN).

A partir do momento em que começou a ouvir os primeiros disparos e detonações de bombas, o catequista e animador paroquial decidiu que salvaria os “livros de assento”, onde estão registrados os casamentos e batismos da paróquia, isto é, da memória histórica da comunidade católica de Palma.