O arcebispo de Paris, dom Michel Aupetit, condenou os ataques sofridos pelos católicos que participaram de uma procissão na capital sa, em homenagem aos mártires da Comuna de Paris, regime esquerdista de curta duração que governou a cidade depois da derrota da França na Guerra Franco-Prussiana de 1870. Os líderes da Comuna de Paris, anticlericais de esquerda, controlaram a cidade de 18 de março a 28 de maio de 1871. Quando o exército francês sufocou a revolta, os revolucionários executaram seus reféns, entre os quais estava o então arcebispo de Paris, dom Georges Darboy.

Dom Aupetit condenou “a raiva, o desprezo e a violência” contra cerca de 300 católicos, incluindo crianças e idosos, que participavam da “Marcha dos Mártires”. O evento foi realizado no sábado, 29 de maio, para celebrar o sesquicentenário da morte dos mártires católicos na Comuna de Paris.

A procissão de sábado começou na Place de la Roquette, onde o arcebispo Darboy foi executado, e terminaria na igreja de Notre Dame des Otages, construída em homenagem aos mártires mortos em maio de 1871. Segundo o semanário católico francês Famille Chrétienne, os participantes da procissão escutaram zombarias e assobios antes de partir. Poucos minutos depois de iniciado o percurso planejado, um grupo agrediu fisicamente os participantes da procissão, atirando coisas sobre eles e quebrando as suas bandeiras. Um vídeo postado nas redes sociais mostra pessoas com bandeiras vermelhas agredindo violentamente os participantes da procissão.