A China anunciou, na segunda-feira, que vai flexibilizar a política que limita o número de filhos e permitirá que os casais tenham até três filhos. A medida tenta responder à queda acentuada da taxa de natalidade no país.

De 1980 a 2016, o governo comunista chinês impôs a política do filho único, na tentativa de conter o que eles consideravam um crescimento populacional excessivo. A política foi aplicada com multas pesadas, esterilizações e abortos forçados, e a consequente condenação por parte de grupos protetores dos direitos humanos. No início deste mês, o instituto nacional de estatísticas da China informou que o país registrou 12 milhões de nascimentos no ano de 2020. É o menor índice registrado desde 1960, com uma taxa de natalidade de 1,3 nascidos vivos por mil habitantes.

A decisão foi tomada na reunião do Birô Político, órgão responsável pela tomada de decisões do Comitê Central do Partido Comunista Chinês, presidido pelo presidente Xi Jinping. A agência estatal de notícias Xinhua informou, em nota oficial, a decisão tomada pelo governo para garantir a continuidade do crescimento econômico, a segurança nacional e a estabilidade social.