Vaticano, 17 de jan de 2021 às 12:30
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O Papa Francisco presidiu a oração do Ângelus neste domingo, 17 de janeiro, e explicou quais são os 3 chamados que Jesus faz a cada um ao longo da vida: o chamado à vida, o chamado à fé e o chamado a um estado de vida particular.
Do Palácio Apostólico do Vaticano, o Pontífice explicou que cada um desses chamados "é uma iniciativa do seu amor".
O primeiro chamado de Deus é para a vida. “Com a qual nos constitui como pessoas; é um chamado individual, porque Deus não faz as coisas em série”.
Depois, “Deus nos chama à fé e para fazer parte da sua família, como filhos de Deus”.
E, finalmente, “Deus nos chama a um estado particular de vida: a doar-nos no caminho do matrimônio, no do sacerdócio ou na vida consagrada”.
O Papa explicou que estes chamados “são formas diferentes de realizar o projeto de Deus, aquele que Ele tem para cada um de nós, que é sempre um plano de amor. Mas Deus chama sempre. E a maior alegria para cada crente (para cada fiel) é responder a este chamado, oferecer-se inteiramente ao serviço de Deus e dos irmãos”.
“Mas diante deste chamado do Senhor que nos chega de mil maneiras, mesmo por meio de pessoas, acontecimentos felizes e tristes, às vezes a nossa atitude pode ser de rejeição, porque nos parece em contraste com as nossas aspirações; e também o medo, porque o consideramos muito exigente e incômodo. Mas o chamado de Deus é amor, e se responde a ele somente com o amor".
O Santo Padre explicou este ensinamento a partir do Evangelho deste segundo domingo do tempo comum, onde se apresenta “o encontro de Jesus com os seus primeiros discípulos”.
“A cena se a no rio Jordão, um dia após o batismo de Jesus. E foi o próprio João Batista quem apontou o Messias para dois deles com estas palavras: 'Eis o Cordeiro de Deus!'”.
Aqueles dois discípulos, “confiando no testemunho do Batista, seguem Jesus que o percebe e pergunta: ‘O que estais procurando?’, E perguntam-lhe: 'Mestre, onde moras?' Jesus não responde: "Eu moro em Cafarnaum ou Nazaré", mas diz: "Vinde ver". Não é um cartão de visita, mas um convite para uma reunião”.
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“Os dois o seguem e naquela tarde permanecem com Ele. Não é difícil imaginá-los ali sentados, fazendo perguntas a ele e, sobretudo, ouvindo-o, sentindo que seus corações se aquecem sempre mais, enquanto o Mestre fala”.
“Eles sentem a beleza das palavras que correspondem à sua maior esperança. E de repente descobrem que, à medida que escurece à sua volta, explode neles, em seus corações, uma luz que somente Deus pode dar”.
Terminado o encontro com o Mestre, “eles saem e voltam com seus irmãos, essa alegria, essa luz transborda de seus corações como um rio caudaloso. Um dos dois, André, diz a seu irmão Simão - a quem Jesus chamará Pedro quando o encontrar-: ‘Encontramos o Messias’".
Esse encontro com Jesus, explicou o Papa Francisco, é um encontro “que nos fala do Pai, nos faz conhecer o seu amor. E assim também em nós surge espontaneamente o desejo de comunicá-lo às pessoas que amamos: ‘Encontrei o Amor’, ‘encontrei o Messias’, ‘encontrei Jesus’, ‘encontrei o sentido da minha vida’. Em uma palavra: ‘Encontrei Deus’.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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