Vaticano, 5 de nov de 2020 às 13:51 284o35
A Secretaria de Estado deixará de gerir os fundos e todos os investimentos deverão ir para a istração do Património da Sé Apostólica (APSA) com a possibilidade de encerrar também o escritório istrativo da Secretaria de Estado. A notícia, que estava no ar, tornou-se oficial hoje depois de uma reunião presidida pelo Papa Francisco, que definiu que esta transição deve ser feita através de uma Comissão de agem e Controle que entra em funcionamento com efeito imediato com duração de 3 meses.
A decisão do Papa já havia sido tomada e foi comunicada em uma carta no dia 25 de agosto ao Cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano. Por um lado, está a vontade de conseguir uma gestão mais centralizada dos investimentos, para poder exercer um controle melhor. Por outro lado, surpreende como esta disposição afeta a Secretaria de Estado, que está no olho do furacão pela compra de um edifício de luxo em Londres que posteriormente gerou uma investigação interna e cinco suspensões. Mas, não afeta, pelo menos por agora, o Governatorato do Vaticano, a Congregação para a Evangelização dos Povos, que têm autonomia no orçamento, propriedades e possibilidade de investir ou também a organismos com autonomia orçamentária como é o tribunal vaticano.
A carta do Papa Francisco enfatiza que “a Secretaria de Estado é sem sombra de dúvida o Dicastério que apoia mais estreita e diretamente a ação do Santo Padre em sua missão”, mas “não parece, contudo, necessário ou oportuno que a Secretaria de Estado desempenhe todas as funções que já são atribuídas a outros Dicastérios” e, portanto, “é preferível que também em matéria econômica e financeira, seja aplicado o princípio da subsidiariedade”.