Em uma carta enviada ao Papa Francisco, os chamados “Padres e Bispos da Caminhada” pediram ao Santo Padre um maior número de bispos e padres de origem afro-brasileira. A carta, porém, foi considerada tendenciosa por usuários das redes sociais pelo fato de alguns dos s serem bispos de origem europeia e padres um longo currículo de militância nas Comunidades Eclesiais de Base, formadas na Teologia da Libertação.

O grupo denominado Padres da Caminhada, surgiu precisamente após um encontro das CEBs (Comunidades eclesiais de Base), a qual foi uma iniciativa promovida na década de 1970 por intelectuais ligados à Teologia da Libertação como Frei Betto, Leonardo Boff e o Padre Oscar Beozzo, um dos s do pedido de mais padres e bispos negros para o Brasil. Hoje as CEBs estão marcadas pelo vínculo com os movimentos sociais, como por exemplo, o Movimento Sem Terra (MST) e partidos de cunho socialista como o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Comunista do Brasil (PCdoB)

A genuinidade do pedido da carta ao Papa foi questionada nas redes sociais, onde internautas interrogavam se os “Padres da Caminhada” apoiariam bispos negros como os cardeais Robert Sarah, Wilfrid Napier ou Francis Arinze, todos eles conhecidos pelo seu zelo pela sã doutrina e oposição aos abusos na liturgia.