Cidade do México, 10 de ago de 2020 às 12:00
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Um médico mexicano salvou a vida de uma mulher que sofreu uma forte hemorragia por ter se submetido ao aborto em casa e, depois de difundir o testemunho anônimo desta mãe para ajudar outras, grupos feministas atacaram o ginecologista nas redes sociais.
O Dr. Moisés Montaño atendeu uma mulher na terça-feira, 4 de agosto, em um hospital de Jalisco, onde chegou “com uma hemorragia intensa e ativa. Se não fosse ao hospital, cairia em choque hipovolêmico e poderia sangrar até a morte”, explicou neste domingo o ginecologista católico à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI.
“Os abortistas dizem que depois de tomar as pílulas abortivas em casa 'sai tudo', mas não é verdade. A mulher chegou com um aborto incompleto com 7 semanas de gestação”, disse o médico de 30 anos.
O ginecologista assinalou que “as feministas promovem o aborto com misoprostol e sugerem doses muito altas. A mulher me contou que viu um tutorial no YouTube de pessoas ensinando a abortar em casa”, uma prática promovida por vários grupos abortistas, principalmente durante a pandemia do coronavírus.
O ginecologista disse que dois dos grupos que o atacaram nas redes sociais são "Morras help morras", nome que poderia ser entendido como "mulheres que ajudam mulheres" e "Medicina pelo direito de decidir", duas organizações que promovem o aborto em casa com misoprostol.
“Fornecemos informação e acompanhamento às mulheres que decidem abortar em casa com misoprostol em contextos adversos e proibicionistas”, afirma o site “Morras help Morras”.
Depois de atender e salvar a mulher de 35 anos, o Dr. Montaño propôs que ela escrevesse a sua história de modo anônimo para ajudar outras mulheres.
“Hoje, 4 de agosto, realizei um método para abortar. Tive uma hemorragia intensa, o que não esperava neste momento. Arrependo-me do que fiz não tem mais de uma hora e me sinto a pessoa mais estúpida por fazer o que jamais deveria ter feito. Não penso com a cabeça fria e agora tenho que viver com o pior remorso da minha vida. 4 de agosto de 2020”, diz o testemunho da mulher que o médico publicou em sua conta do Twitter.
Depois da publicação, as feministas “me acusaram de obrigar a senhora e não foi bem assim. Essas mulheres que abortam chegam aqui e rapidamente se arrependem, quando percebem que mataram seu bebê. Eu disse à mulher que publicaria seu testemunho sem o seu nome e ela disse que estava bem. Ela o escreveu livremente”, explicou o Dr. Montaño.
“Aqui no México o aborto em geral é ilegal, só é permitido em alguns lugares como a Cidade do México. Se detectamos um aborto, devemos redigir uma ata, mas decidi não o fazer. Ela me contou sobre o misoprostol chorando embora tenha o negado inicialmente, depois se quebrou. Minha intenção foi vê-la como médico e acompanhá-la”.
“Expliquei a ela que Deus a amava, que ela poderia pedir perdão e que não deveria fazer isso de novo”, enfatizou.
O Dr. Montaño também publicou em sua conta no Twitter uma mensagem de agradecimento que a mulher lhe enviou, que já teve alta e está bem. “Obrigado pelo apoio!”, escreveu.
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À mensagem, ele respondeu: “Não há de que. Deus lhe abençoe, estou aqui para servir”. O médico escondeu o número do WhatsApp para continuar protegendo o anonimato da mulher.
O médico disse à ACI Prensa que “como católico, sou a favor da vida e procuro defendê-la a qualquer custo. Feministas pró-aborto mentem muito e arriscam vidas dando seus tutoriais cheios de mentiras".
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O diretor da organização mexicana pró-vida ConParticipación, Marcial Padilla, disse à ACI Prensa que “o caso do Dr. Montaño, que tratou uma mulher que fez um aborto em casa, é muito interessante porque mostra a contradição dos grupos de aborto. Esses grupos dizem que se preocupam com as mulheres, nada é mais falso do que isso”.
“O que interessa aos grupos de abortistas é o dinheiro da mulher e tirar a vida de seu filho, embora ela arrisque sua vida ao fazer isso”, destacou.
“O caso do Dr. Montaño também mostra a necessidade de todos os grupos pró-vida se apoiarem mutuamente e apoiarem os corajosos médicos que estão dispostos a realizar seu trabalho profissional com integridade apesar das agressões dos grupos de aborto”, ressaltou Padilla.
“Exigimos que as autoridades acabem com a propaganda que os grupos abortistas estão fazendo do aborto em casa, porque além de promover um crime, também estão expondo a saúde das mulheres que podem cometê-lo”, concluiu.
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Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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