Em um novo artigo enviado à ACI Digital sobre o Instrumentum Laboris (IL) do Sínodo para Amazônia, que acontece no Vaticano até 27 de outubro, o Bispo Emérito da Prelazia de Marajó (PA), Dom José Luis Azcona, comentou sobre a ordenação de sacerdotes casados e respondeu à justificativa de que os indígenas não compreendem o celibato.

“Não é a cosmovisão indígena a que determina a evangelização e estabelece o que pode ou não ser aceito do Evangelho de Jesus Cristo. Essa cultura seria um “novo evangelho”, como inúmeras vezes se dá a entender no IL, evangelho surgido dos indígenas, das suas culturas ou de sua análise sobre as necessidades do homem também na área do celibato, das famílias, da sexualidade, realidades estas que determinam intrinsecamente a personalidade e a sua história”, expressa o Prelado.

Dom Azcona assinala que “não é a cultura indígena que encontra dificuldades intransponíveis na compreensão do celibato. Acontece que não houve uma verdadeira inculturação do Evangelho entre eles. Tem sido por muitas razões uma transmissão da fé ‘que não se fez cultura, uma fé que não foi plenamente recebida, não inteiramente pensada, não fielmente vivida’ (Rm 10)”.