Vaticano, 3 de abr de 2019 às 06:00
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O Papa Francisco destacou na Exortação Apostólica Christus vivit a missão que a Igreja tem com os jovens migrantes que "podem revitalizar" as comunidades que os acolhem.
"Como não lembrar os inúmeros jovens diretamente envolvidos nas migrações?", perguntou o Santo Padre, que também explicou que "a preocupação da Igreja visa, em particular, aqueles que fogem da guerra, da violência, da perseguição política ou religiosa, dos desastres naturais – devidos também às alterações climáticas – e da pobreza extrema".
Neste sentido, o Papa observou que os migrantes "lembram-nos a condição primordial da fé, ou seja, a de sermos estrangeiros e peregrinos sobre a terra".
O Papa destacou "a particular vulnerabilidade dos migrantes menores não acompanhados, e a situação daqueles que são forçados a ar muitos anos nos campos de refugiados ou que permanecem bloqueados muito tempo nos países de trânsito, sem poderem continuar os seus estudos nem expressar os seus talentos".
Por outro lado, o Santo Padre destacou também que as histórias dos migrantes "são histórias também de encontro entre pessoas e entre culturas: para as comunidades e as sociedades de chegada são uma oportunidade de enriquecimento e desenvolvimento humano integral de todos".
Por isso, o Papa assegurou que "as iniciativas de hospitalidade, que têm como ponto de referência a Igreja, desempenham um papel importante deste ponto de vista e podem revitalizar as comunidades capazes de praticá-las".
Além disso, o Pontífice advertiu o risco da propagação de "uma mentalidade xenófoba, de clausura e retraimento em si mesmos, a que é necessário reagir com decisão".
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"Os jovens que migram experimentam a separação do seu contexto de origem e, muitas vezes, também um desenraizamento cultural e religioso. A fratura tem a ver também com as comunidades de origem, que perdem os elementos mais vigorosos e empreendedores, e as famílias, particularmente quando migra um ou ambos os progenitores, deixando os filhos no país de origem", disse o Papa, observando que "a Igreja tem um papel importante como referência para os jovens destas famílias divididas".
Por fim, o Santo Padre recordou que, durante a Assembleia do Sínodo dos Bispos sobre os jovens, ressoou "o grito de alarme das Igrejas cujos membros são forçados a fugir da guerra e da perseguição, vendo, nestas migrações forçadas, uma ameaça para a própria existência delas. O próprio fato de englobar dentro de si mesma todas estas distintas perspectivas coloca a Igreja em condições de exercer, em relação à sociedade, um papel profético sobre o tema das migrações".
Ao mesmo tempo, exortou os jovens a receberem com caridade os migrantes "peço especialmente aos jovens que não caiam nas redes de quem os quer contrapor a outros jovens que chegam aos seus países, fazendo-os ver como sujeitos perigosos e como se não tivessem a mesma dignidade inalienável de todo o ser humano", concluiu.
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