Por David Ramos
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Cidade do México, 28 de ago de 2018 às 16:00
Jorge Alcocer Varela, nomeado pelo novo presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, para o Ministério da Saúde, classificou o aborto como um "direito" da mulher e assegurou que se deve "garantir esta possibilidade" em todos os estados.
Em declarações ao jornal mexicano ‘Excélsior’, Alcocer Varela disse que, "se é uma decisão pessoal e é um direito da mulher, avante. Não devemos colocar a outras instâncias que não são as que regulam os cuidados da saúde".
O próximo ministro da Saúde do México disse que o aborto "ainda não está na lei, mas é uma proposta. O Estado deve garantir a possibilidade em cada unidade federativa".
As declarações de Alcocer Varela se somam às de Olga Sánchez Cordero, anunciada como próxima ministra de Governo, que ofereceu trabalhar pela legalização do aborto e da "morte digna" em todo o país.
López Obrador, que venceu as eleições presidenciais em 1º de julho deste ano, assumirá o governo no próximo dia 1º de dezembro por um período de seis anos.
Em declarações ao Grupo ACI, Marcial Padilla, diretor da plataforma pró-vida ‘ConParticipación’, assegurou que as promessas da equipe de governo de López Obrador contradizem "todos os princípios do direito internacional, começando pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, o Pacto de San José e a Convenção sobre os Direitos da Criança, que reconhecem o direito à vida".
Padilla advertiu que "isso é algo que nós, mexicanos, não permitiremos".
“Exigimos que o presidente eleito se manifeste a favor do direito à vida e à proteção da vida de todos os mexicanos em todas as suas fases. Precisamos que o governo proteja a nossa vida, não que nos avise quando pode nos matar”.
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Além disso, assinalou, "exigimos que o futuro ministro federal da Saúde se retrate".
O diretor de ‘ConParticipación’ indicou que lançaram uma campanha através da plataforma internacional CitizenGO, que ultraou nove mil s em menos de 48 horas.
"Fiquem atentos ao que nós, de diversas organizações da sociedade civil, faremos em aliança e em coalizão para impedir esta imposição do futuro governo federal de desproteger e ignorar a vida dos não nascidos", assinalou.
Padilla sublinhou que "o México é um país que ama a vida. Salvaremos ambas as vidas".
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David Ramos é editor-chefe da ACI Prensa. Cobriu as viagens do papa Francisco para o Equador, Paraguai, México, Colômbia, Chile e Peru.