Núncio na Geórgia e Armênia visita Santuário de Fátima antes de iniciar nova missão 354o1i

Em declarações à Sala de Imprensa do Santuário, o Núncio revelou: “Fátima tem estado comigo ao longo de toda a minha vida e os grandes os têm sido dados mão a mão com Nossa Senhora”.

Segundo ele, “antes de caminhar para a missão e atendendo a várias vozes que se faziam presentes, pensei e achei que devia vir a Fátima”, pois itiu ter “uma grade relação com Fátima desde crianças”.

Dom Bettencourt, que emigrou para o Canadá aos 3 anos, contou que a primeira viagem que realizou fora deste país foi justamente a Fátima, quando tinha 10 anos.

Mais tarde, indicou, esta relação veio a se estreitar, pois foi neste local que escreveu o “pedido formal para o diaconato e para o sacerdócio” há 25 anos, sendo que neste dia 29 de maio, completa suas bodas de prata de ordenação sacerdotal.

“Acho que a Providência abriu o caminho e indicou-me que eu deveria vir a Fátima antes de iniciar a minha missão em países da Ex-União soviética, que testemunharam a sua fé cristã com tantos sacrifícios, mas também com tanta dignidade”, pontuou.

O prelado recordou que, “durante o período da revolução bolchevique, mataram-se 80 mil sacerdotes ortodoxos. Hoje, com a voragem dos dias, podemos correr o risco de nos esquecermos de que há gente que morre e é perseguida porque professa uma religião”.

“Nós não podemos ignorar esse fato e temos de ter a coragem de fazer mais por esses irmãos que lutam pela liberdade religiosa”, assinalou.

Nesse sentido, Dom Bettencourt indicou que “Fátima tem uma força muito própria”. “Não sou só eu que o digo. O Papa Bento XVI, com quem estive ontem (sábado) antes de vir para Fátima, e que é o grande teólogo do nosso tempo, já o disse: ‘Fátima é uma fonte de grande esperança para os católicos’”. E esta esperança é que pretende levar consigo na nova missão.

O Núncio da Geórgia e Armênia lembrou ainda que, além de estar com o Papa Emérito Bento XVI no último dia 26 de maio, também se encontrou com o Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin.

“Ambos sabem que estou em Fátima e o que mais ouvi nestes dois últimos dias foi quando chegares a Fátima reza por mim. Fátima é um lugar que chama à oração e as pessoas sentem-se interpeladas”.

Para ele, “essa ligação com o transcendente tem uma força muito própria aqui neste lugar e eu diria que é um dom do Céu concedido a este lugar que nós temos de partilhar”.

Quanto ao Papa Emérito, sublinhou que “Bento XVI tem lembranças muito vivas de Fátima. Na expressão e no olhar, vi uma grande ternura para com Fátima; aliás  pediu-me para transmitir as felicitações ao Senhor Don António Marto de quem guarda ótimas lembranças”.

Breve biografia

Dom José Avelino Bettencourt nasceu ilha de São Jorge nos Açores,(Portugal), em 23 de maio de 1962. Emigrou para o Canadá com a família aos 3 anos e foi ordenado sacerdote em 29 de junho de 1993, sendo incardinado em da Arquidiocese de Ottawa (Canadá).

Frequentou a Academia Eclesiástica em Roma, formou-se em Direito Canônico e entrou no serviço diplomático da Santa Sé em 1999.

Prestou serviço junto à Nunciatura Apostólica da República Democrática do Congo e à Seção de Relações com os Estados da Secretaria de Estado.

Em 14 de novembro de 2012, foi nomeado Chefe do Protocolo da Secretaria de Estado.

Foi nomeado Núncio na Geórgia e Armênia pelo Papa Francisco, em 26 de fevereiro deste ano e recebeu a ordenação episcopal das mãos do próprio Pontífice em celebração realizada na Basílica de São Pedro, no Vaticano, em 19 de março.

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— ACI Digital (@acidigital) 19 de março de 2018