Por María Ximena Rondón
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LAHORE, 3 de mai de 2018 às 13:30
Mais de mil católicos se reuniram na Catedral do Sagrado Coração, em Lahore (Paquistão), em 29 de abril, para oferecer uma Missa e rezar pela libertação de Asia Bibi e pelas vítimas da perseguição religiosa.
Segundo informou UCA News, o dia de oração também foi realizado em outras comunidades católicas no país a pedido do presidente da Comissão Nacional de Justiça e Paz da Conferência Episcopal do Paquistão (CEP), Dom Joseph Arshad, devido ao aumento dos ataques cometidos por extremistas muçulmanos.
Neste dia, Pe. Inayat Bernard, reitor da Catedral do Sagrado Coração de Lahore, celebrou a Missa e explicou aos fiéis a importância dos cristãos no desenvolvimento do Paquistão. Também expressou a sua preocupação pelo abuso da lei de blasfêmia e recordou que em 1997, na aldeia de Shanti Nagar, aconteceu o primeiro ataque de uma multidão contra cristãos.
A lei de blasfêmia é inspirada na sharia (lei islâmica) e castiga, inclusive com a morte, qualquer ofensa de palavra ou obra contra Alá, Maomé ou o Corão. Calcula-se que cerca de mil pessoas estão condenadas no Paquistão por essa norma.
Em seguida, Pe. Bernard assinalou a foto Asia Bibi e de outras três vítimas recentes, as quais foram colocadas diante do altar, e disse que “estes e outros cristãos são inocentes, mas sofreram devido a sua fé. Existe uma lista longa”.
“Rezamos também pela harmonia nacional e pelo respeito por toda a humanidade, respeito por todas as religiões que existem no Paquistão: hindus, muçulmanos, cristãos, sijs, entre outros. Pedimos para que o respeito prevaleça”, expressou o sacerdote à UCA News.
Acrescentou que durante o dia “rezamos pelas vítimas da perseguição em nível internacional, especialmente no Paquistão”.
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Em 27 de abril, os cristãos de todo o país se uniram a Asia Bibi no dia de oração e jejum que ela pediu para sua libertação imediata, pois em 21 de abril, o presidente do Supremo Tribunal do Paquistão, Mian Saqib Nisar, disse ao advogado dela, Saiful Malook, que retomará o julgamento que definirá a sua libertação.
“Prepare-se. Vou consertar seu caso em breve e eu mesmo presidirei a corte”, indicou Nisar a Malook.
Em 18 de abril, os líderes cristãos e muçulmanos exigiram ao governo que ofereça segurança “a cada cidadão, sem distinção”, ante os ataques contra minorias religiosas nas cidades de Quetta e Shahdara.
O responsável pela United Religions Initiative (URI) no Paquistão, Pe. James Channan, disse à agência Fides que “vivemos em um ambiente muito tenso: os terroristas estão destruindo a paz e os cristãos vivem em um estado de medo permanente. Como cristãos e muçulmanos, pedimos justiça para as vítimas, segurança para os cristãos pobres e vulneráveis ??e uma indenização para as famílias afetadas".
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