Em Coletiva de Imprensa da 56ª Assembleia Geral da entidade, na tarde do dia 19 de abril, o Arcebispo primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, vice-presidente da Conferência Episcopal, leu a “Mensagem da conferência ao povo de Deus” na qual, entre outras necessidades, destaca-se a de promover o diálogo respeitoso para estimular a comunhão na fé em tempo de politização e polarizações nas redes sociais e reafirmou que os bispos não são a favor de nenhum tipo de ideologia nem partido político, o que suscitou críticas de alguns usuários em canais da CNBB.

Dom Murilo, leu a mensagem onde se afirma de maneira enfática que “a CNBB não se identifica com nenhuma ideologia ou partido político. As ideologias levam a dois erros nocivos: por um lado, transformar o cristianismo numa espécie de ONG, sem levar em conta a graça e a união interior com Cristo; por outro, viver entregue ao intimismo, suspeitando do compromisso social dos outros e considerando-o superficial e mundano (cf. Gaudete et Exsultate, n. 100-101)”.

Entretanto, apenas horas depois de publicadas, críticas à mensagem começaram a chegar nas redes sociais da própria CNBB por parte de usuários insatisfeitos com o seu conteúdo, afirmando que o texto dos bispos não responde às exigências de explicações feitas por leigos à entidade. Entre as críticas estão a de instrumentalização de pastorais por grupos de inspiração marxista, o que teria sido evidenciado no 14º Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base em Londrina (PR) e pela falta de transparência no uso de dinheiro do Fundo Nacional de Solidariedade, que foi em parte destinado à ABONG, uma entidade que reúne ONGs também alinhadas com a esquerda.