Por María Ximena Rondón
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LONDRES, 9 de mar de 2018 às 13:00
Graças à Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) do Reino Unido, 450 idosos pobres que vivem em Aleppo (Síria) receberam novos pares de sapatos, bens que não podiam conseguir devido à inflação e à crise econômica causada pela guerra civil.
Segundo informações de ACN Reino Unido, os beneficiários têm entre 60 e 70 anos e “a maioria vive sozinha e não tem uma renda suficiente para cobrir suas necessidades mais básicas”.
Irmã Annie Demerjian, que participou do projeto, indicou: “Estou muito feliz que estas pessoas idosas tenham sapatos quentes, pois elas não têm sistema de calefação em suas casas ou trabalham na rua”.
Recordou que, “quando estavam experimentando os sapatos novos, vimos que cinco ou seis pessoas estavam usando bolsas de plástico em seus sapatos para proteger os pés da água”.
A religiosa explicou que eles “dependem de Deus e da ajuda de emergência que lhes dão. Seus filhos foram embora da cidade ou permaneceram nela, mas são tão pobres que não podem ajudá-los”.
“Às vezes eu vejo o meu pai e a minha mãe nestas pessoas idosas quando os visito, no sofrimento no final de suas vidas”, expressou a Irmã Demerjian.
Além disso, comentou que “a vida está cada dia mais cara. É necessário 100 mil libras sírias (cerca de 194 dólares) para pagar o remédio e o aluguel todo mês. Nenhuma família pode pagar tanto dinheiro, pois ganham menos da metade desse valor”.
“É muito difícil que as pessoas encontrarem trabalho aqui e as que têm trabalho ganham muito pouco”, explicou.
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Irmã Demerjian comentou que, junto com dez voluntários, ajuda as pessoas nas cidades de Aleppo – que após ter sido libertada do controle dos terroristas há dois anos ainda continua na miséria – Homs, Maaloula e Hassake.
“Os voluntários dão dinheiro às pessoas mais necessitadas para a luz, para necessidades diárias e para comprar comida nos supermercados locais. Além disso, muitas famílias precisam de ajuda com aluguel” contou.
A religiosa acrescentou que não ajudam somente os cristãos, também assistem “todas as famílias que batem à nossa porta e não perguntamos a religião deles”.
“Quero agradecer muito a vocês por lembrarem dos nossos irmãos e irmãs em Cristo. Quero lhes agradecer por todas as famílias que rezam todos os dias pela ajuda que recebem”, concluiu.
Em 2017, a ACN realizou 140 projetos na Síria, a maioria deles de ajuda humanitária.
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