Nos últimos anos, vê-se desenvolver no Brasil um “ativismo legislativo do judiciário” com vistas a aprovar o aborto “o a o”, com “casos de despenalização” cada vez mais amplos, denuncia Padre Hélio Luciano, especialista em Bioética, para quem “o Supremo tem extrapolado e muito suas competências e estamos nas mãos de intepretações pessoais”.

“É uma das competências do Supremo Tribunal Federal atuar nos casos em que há um vazio legal, regulando questões que o ordenamento jurídico não prevê. Do mesmo modo é de sua competência atuar quando uma lei entra em conflito com a Constituição. Porém, o que temos visto nos últimos anos é uma ação do Supremo que vai muito além dessas competências”, adverte o sacerdote da Arquidiocese de Florianópolis (SC).

No início de março, o PSOL e o Instituto Anis protocolaram no Supremo Tribunal Federal (STF) uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), solicitando a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação.