Por Miguel Pérez Pichel
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Malmo, 31 de out de 2016 às 11:30
O Papa Francisco foi ao Palácio Real de Lund para saudar o Rei Carlos XVI Gustavo e a rainha Silvia, e agradecê-los por sua acolhida no país nórdico.
Às 13h50, os reis chegaram ao Palácio, sob forte esquema de segurança. Uma multidão, que esperava na entrada, dedicou-lhes uma grande ovação. Os monarcas pararam brevemente para responder à saudação.
Poucos minutos depois chegou o Papa, também protegido por um forte esquema de segurança. As pessoas reunidas gritavam o nome do Pontífice e cantavam hinos religiosos.
No momento em que o Papa desceu do veículo, começou-se a escutar gritos em espanhol: “Esta é a juventude do Papa!” e “Viva o Papa!”. Em seguida, ele entrou no Palácio para a audiência privada com os monarcas suecos.
Segundo informou a sala de Imprensa da santa Sé, o Papa e os reis da Suécia trocaram presentes como símbolo de amizade.
O Santo Padre lhes entregou uma gravura com a representação Misericordiae Vultus, produzida pelo mestre Patrizio Di Sciullo a partir de um desenho do mestre Pierluigi Isola.
Na parte superior, aparecem representadas as sete basílicas romanas, para onde os peregrinos vão a fim de obter as graças jubilares.
Na parte inferior da impressão, figuram de forma alegórica as obras de misericórdia, integradas nas construções arquitetônicas representadas no desenho.
Breve resumo da monarquia na Suécia
Carlos XVI Gustavo é rei da Suécia desde setembro de 1973. A monarquia sueca é uma das mais antigas da Europa e estende suas raízes ao século XI, na Idade Média, embora tenha ainda precedentes mais antigos.
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Atualmente, a Suécia é uma monarquia parlamentar e constitucional, semelhante a outras monarquias europeias como a espanhola, a britânica, a holandesa, a norueguesa, a dinamarquesa ou a belga, onde a instituição monárquica obtém sua legitimidade de algumas instituições democráticas submetidas a um parlamento fruto de eleições livres.
Com a separação da Igreja da Suécia, em 1527, o rei se tornou o líder da igreja luterana sueca. Esta situação durou até o ano 2000, quando a igreja e o estado se separaram.
Entretanto, em virtude da Lei de Sucessão vigente na atualidade, o rei da Suécia deve ser obrigatoriamente de religião luterana.
Antes de ir para o Palácio Real, o Pontífice teve um breve encontro com o Primeiro-ministro sueco, Stefan Löfven, no terminal do aeroporto internacional de Malmö.
Às 14h30, na catedral luterana de Lund, Francisco participa de uma oração ecumênica conjunta. Às 16h40, no estádio da cidade de Malmö, preside um evento ecumênico com católicos e luteranos, e um encontro com diferentes delegações ecumênicas, durante o qual fará uma oração pela paz na Síria.
Com esta viagem, o Papa participa de atos comemorativos pelos 500 anos da reforma luterana e pelos 50 anos do começo do diálogo católico-luterano.
Trata-se de uma visita de alto caráter ecumênico que pretende aproximar mais os fiéis de ambas as igrejas e avançar no caminho da comunhão de todos os cristãos.
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