“Eu gosto de abençoar as mãos dos médicos como sinal de reconhecimento a esta compaixão que se torna carícia de saúde”, expressou o Papa Francisco nesta quinta-feira ao receber os diretores dos Conselhos de Medicina da Espanha e da América Latina, a quem convidou ser como o bom samaritano “que não a distante da pessoa ferida ao longo do caminho”.

Durante o encontro na Sala Clementina, o Santo Padre denunciou que “em nossa cultura tecnológica e individualista, a compaixão nem sempre é bem vista. Em algumas ocasiões é desprezada porque significa submeter quem a recebe a uma humilhação. Inclusive não faltam aqueles que se escondem atrás de uma suposta compaixão para justificar e aprovar a morte de um doente. Mas não é assim”.

Francisco assinalou que “a verdadeira compaixão não marginaliza ninguém, não humilha e nem exclui, muito menos considera como algo bom o seu desaparecimento. Vocês sabem muito bem que isso significaria o triunfo do egoísmo, dessa cultura do descarte que rejeita e despreza as pessoas que não atendem a determinados padrões de saúde, beleza e utilidade”.