“Em nosso tempo, algumas orientações culturais não reconhecem mais a marca da sabedoria divina nas realidades criadas e nem mesmo no homem”, denunciou o Papa Francisco ao receber os participantes da 22ª assembleia plenária da Pontifícia Academia para a Vida. Em seu discurso, indicou que “não faltam conhecimentos científicos” para proteger a vida frágil, mas necessitam estar junto com a virtude e o cuidado humano.

“Hoje, não faltam conhecimentos científicos e instrumentos técnicos capazes de oferecer apoio à vida humana nas situações em que se mostra frágil. Porém, às vezes falta a humanidade. A boa ação não é a aplicação correta do saber ético, mas pressupõe um interesse real pela pessoa frágil. Os médicos e os agentes de saúde nunca deixem de conjugar ciência, técnica e humanidade”, expressou o Papa durante o encontro realizado na Sala Clementina.

Em seu discurso, Francisco abordou o tema eleito este ano pela Pontifícia Academia para a Vida, “As virtudes na ética da vida: mensagem importante para a cultura contemporânea”. Um tema de interesse acadêmico – afirmou –, que recorda à cultura contemporânea que “o bem que o homem realiza não é o resultado de cálculos e estratégias, e nem o produto da constituição genética ou de condicionamentos sociais, mas é o fruto de um coração bem disposto, da escolha livre que tende ao bem verdadeiro”.