Um brasileiro, o jesuíta Padre Mário de França Miranda, foi anunciado como um dos vencedores da edição 2015 do Prêmio Ratzinger de Teologia, concedido pela Fundação Joseph Ratzinger. Doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, o teólogo chegou a manifestar, em entrevista publicada perto da renúncia de Bento XVI, que a Igreja deveria mudar segundo os tempos modernos e criticou sua estrutura como excessivamente hierárquica, pouco aberta aos gays e defendeu abertamente o fim do celibato sacerdotal e a aprovação do uso de preservativos por parte da Santa Sé.  

Padre Mário de França Miranda é professor de Teologia Dogmática na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Já colaborou com o trabalho da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e com o Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM). Fez parte da Comissão Teológica do Vaticano, de 1992 a 2002, onde conheceu o então Cardeal Joseph Ratzinger, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.

Em 2013, quando Bento XVI renunciou ao pontificado, Padre Mário concedeu uma entrevista ao jornal O Globo, na qual declarou que havia chegado “um momento em que a Igreja, só com os oficiais, padres, bispos e Papa, não aguenta mais”.