Neste mês de julho, eventos voltados para a juventude marcam o calendário da Igreja no Brasil, reunindo milhares de jovens. São grandes estruturas e programações diversificadas que buscam atrair participantes e que têm em comum a proposta de evangelização. Segundo o assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, Padre Antônio Ramos do Prado, conhecido como Padre Toninho, essas atividades “são importantes para motivação dos jovens a permanecerem na Igreja, porém, eclesialmente o evento isolado de um processo de evangelização não contribui para o engajamento dos jovens nas comunidades”.

O sacerdote considera que os jovens devem ter uma atuação na ação pastoral de sua Paróquia, pois assim, a participação nos grandes eventos a a ter sentido celebrativo. Ele adverte ainda que há jovens que vivem de evento e evento e “isso não contribui para o amadurecimento da fé nem ajuda o sentido de pertença do jovem na sua comunidade de origem”.

Nesse sentido, Pe. Toninho destaca como algo positivo quando o jovem é engajado ou se converte nessas atividades e, a partir daí, a a atuar na comunidade. “Assim, o evento poderá fazer crescer o número daqueles que querem seguir Cristo no trabalho com os pobres, presidiários, doentes, entre outros, da sua comunidade e depois tornar-se um grande missionário em outras fronteiras. Muitas Novas Comunidades, Movimentos, Congregações e Pastorais da Juventude já vivem essa experiência missionária dentro e fora do país”, assinala.