O Arcebispo de São Paulo e Grão-chanceler da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Cardeal Odilo Pedro Scherer foi publicamente acusado de estar protagonizando um gesto de censura ao outorgar indeferimento à criação da “Cátedra Michel Foucault e a filosofia do presente”. Dom Odilo, presidente do Conselho Superior da Fundação São Paulo, mantenedora da PUC-SP, defende o direito da instituição a “possuir a própria identidade” e esclarece que a decisão final ainda será tomada. O Cardeal foi defendido publicamente pelo sociólogo e coordenador do Núcleo Fé e Cultura da PUC-SP, Francisco Borba Ribeiro Neto.

Em recente artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, o sociólogo e coordenador do Núcleo Fé e Cultura da PUC-SP, Francisco Borba Ribeiro Neto, explicou que “o que aconteceu, gerando muito espalhafato, é que o Conselho Superior da mantenedora, agindo dentro das normas estatutárias, sem nenhum ‘golpismo’ ou coisa semelhante, não aprovou a criação de uma Cátedra Michel Foucault”.

No início do ano, o Conselho Superior da Fundasp indeferiu o pedido de criação da Cátedra Foucault. Após a decisão, o Conselho Universitário (CONSUN) entrou com pedido de revisão junto ao Conselho Superior. Em carta publicada no dia 24 de junho, o Grão-chanceler, Cardeal Scherer, informou que o recurso “encontra-se em fase de análise, para ser submetido, oportunamente, a nova decisão do Conselho Superior da Mantenedora”.