MADRI, 17 de abr de 2015 às 11:27
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A capital espanhola acolhe neste fim de semana o congresso sobre cristãos perseguidos e liberdade religiosa ‘Todos somos nazarenos’ no qual participarão e darão seu testemunho representantes dos principais grupos atingidos pela perseguição aos cristãos no mundo.
O congresso foi inaugurado Soledad Becerril, defensora do povo e Ana Botella, prefeita de Madrid, quem sublinhou durante seu discurso a importância do "respeito à pessoa e a defesa da dignidade humana em qualquer situação". E também insistiu na defesa de valores como "a vida e a família" e pediu que os governos do mundo se mobilizem "contra o genocídio religioso".
"Nem um só minuto de esquecimento de quem sofre perseguição religiosa", pediu ao público.
O Congresso conta com o apoio das plataformas MasLibres.org e CitizenGo, que recolhe s online para diversas petições em favor dos direitos humanos e a liberdade religiosa. Para este congresso CitizenGo permite também que pessoas do mundo inteiro envie aos participantes mensagens de apoio e solidariedade.
Sobre a perseguição no mundo, CitizenGo recorda alguns dados recentes que mostram o seu crescimento e ferocidade anticristã: “No último dia 2 de abril, um grupo fundamentalista matou 147 universitários no Quênia. Antes de realizarem a matança, os assassinos separaram os muçulmanos dos cristãos. Algumas testemunhas afirmam ter visto corpos decapitados. Lamentavelmente, essa é apenas a tragédia mais recente na Nigéria, outras ocorreram no Paquistão, na Líbia, na Síria ou no Iraque. As vítimas? Sempre as mesmas: os cristãos. Enquanto isso, o Ocidente parece continuar olhando para outra direção”.
A situação é tão inável, que o observador permanente da Santa Sé ante as Nações Unidas, Dom Silvano Tomasi, pediu a intervenção armada para frear o chamado "Estado Islâmico".
O próprio Papa Francisco referiu-se aos cristãos perseguidos na Semana Santa:
"Devemos proteger os nossos irmãos e irmãs perseguidos, exilados, assassinados e decapitados. São nossos mártires. E são muito mais numerosos que nos primeiros séculos da Igreja (...) espero que a comunidade internacional não desvie seu olhar nem se mantenha calada e inerte perante esse crime inaceitável".
Nesse ambiente, a cristã paquistanesa Asia Bibi - injustamente presa e condenada à pena capital - oferece-nos, desde o corredor da morte, uma demonstração de fé, firmeza e esperança. Assim ela escreveu na última Páscoa da Ressurreição:
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"A Páscoa de Jesus Cristo nos dá um exemplo de paz e perdão. Todos temos de aprender do ensinamento e do sacrifício de Cristo, crucificado por nós. Perdoou a todos e todo o mal. Neste dia especial, peço para que todos os cristãos no Paquistão possam viver e orar em paz."
No Congresso Todos Somos Nazarenos (#WeAreN2015), que ocorre entre os dias 17 e 19 de abril. Estarão presentes líderes cristãos da Síria, Nigéria, Iraque, Egito e Líbano. Também participarão meninas que conseguiram fugir do sequestro do Boko Haram. Estes são os principais participantes:
Sua Beatitude Ignatius Ephrem Youssef III Younan, Patriarca de Antioquia e da Igreja Católica Síria.
Dom Yousif Thomas Mirkis, Bispo Auxiliar do Patriarcado da Babilônia dos Caldeus e Arcebispo de Kirkuk (Iraque). Dom Bashar Matti Warda, Arcebispo Caldeu Católico de Erbil (Iraque).
Dom Joseph Daniami Bagobiri, Bispo de Maiduguri (Nigéria) e o Pastor Edwar Awabdeh, presidente da Igreja Aliança Cristã Evangélica na Síria e no Líbano.
Também nos darão seu testemunho:
Joseph Fadelle (Iraque), torturado e preso por conventer-se ao cristianismo, e a quem a própria família tentou ass. Car e Marsha Mueller (Estados Unidos), pais da jovem Kayle, ativista de direitos humanos capturada pelo Estado Islâmico e morta em um bombardeio. Mireille Al Farah (Síria), estudante cristã que não pode voltar à sua pátria. Suwaiba Sarah (Nigéria), conversa que a própria família tentou matar nos Estados Unidos para que ela renunciasse à fé em Cristo.
Para deixar mensagens que serão entregues pessoal por membros do CitizenGo e:
http://www.citizengo.org/pt-pt/21346-todos-somos-nazarenos-wearen2015
