ROMA, 26 de fev de 2015 às 15:27
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O Patriarca da Igreja Copta Ortodoxa, Teodoro II, anunciou que os nomes dos 21 cristãos egípcios decapitados na Líbia pelo Estado Islâmico (ISIS), serão incluídos no Sinaxario, o equivalente oriental do martirológio romano.
Assim o informou no dia 20 de fevereiro o site Terrasanta.net, que é a revista dos Santos Lugares a serviço da Custódia da Terra Santa.
A publicação explicou que este procedimento “equivale à canonização na Igreja latina”. “O martírio destes 21 fiéis se comemorará no dia 8 de Amshir do calendário copto (em 15 de fevereiro do calendário gregoriano), que também é a festa da Apresentação de Jesus no Templo”, assinalou.
Em 15 de fevereiro, o Estado Islâmico difundiu um vídeo chamado “Uma mensagem assinada com sangue à nação da cruz”, na qual mostrou a execução dos 21 cristãos ortodoxos e onde ameaça tomar Roma, que é considerada por eles como a capital “dos cruzados”.
Pronunciaram o nome de Jesus
Dias depois do assassinato, o Bispo copto católico de Guiza (Egito), Dom Anba Antonios Aziz Mina, afirmou que estas novas vítimas do ISIS morreram como mártires, que “no momento de sua Bárbara execução, repetem: 'Senhor Jesus Cristo'”.
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“O nome de Jesus foi a última palavra que saiu dos lábios dos mártires. Assim como na Paixão dos primeiros mártires, confiaram-se nas mãos daquele que logo depois ia recebe-los. E assim celebraram a sua vitória, a vitória que nenhum assassino poderá tirar-lhes. Esse nome sussurrado no último momento é como o selo de seu martírio”, assinalou Dom Aziz.
O Papa Francisco, assim que soube deste acontecimento, expressou a sua dor pela morte dos 21 coptos que “foram assassinados pelo único motivo de serem cristãos”.
“O sangue dos nossos irmãos cristãos é um testemunho que grita. Sejam católicos, ortodoxos, coptos, luteranos, não interessa: são cristãos. E o sangue é o mesmo, o sangue confessa a Cristo”, expressou Francisco em 16 de fevereiro.
O Santo Padre, que continua com o trabalho iniciado por seus predecessores para conseguir a unidade dos cristãos, assinalou que nos últimos tempos está acontecendo “o ecumenismo do sangue”, pois “os mártires são de todos os cristãos”.
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