Por Eduardo Berdejo
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HAVANA, 24 de fev de 2015 às 15:14
A União Patriótica de Cuba (UNPACU), denunciou que durante este fim de semana foram presos 200 opositores em diversas partes do país, 90 dos quais foram detidos em Santiago de Cuba e Cienfuegos para que não possam participar da Missa.
Em uma nota enviada ao Grupo ACI, a UNPACU informou que cem prisões ocorreram em Havana, 90 em Santiago de Cuba, 17 em Santa Clara, cinco em Cienfuegos e quatro em Holguín.
“No Oriente e Cienfuegos as pessoas foram presas a caminho da igreja para participar da Missa. Na capital, a maioria dos ativistas foram presos quando saiam da igreja de Santa Rita, em Miramar, município Playa, em direção a Vedado”, indicou.
Nesse sentido, Yriade Hernández Aguilera, coordenador da UNPACU em Santiago de Cuba, disse nesta segunda-feira ao Grupo ACI que a polícia cubana prendeu os 90 ativistas para impedir que assistam à Missa no Santuário da Virgem de Cobre. Estes ficaram presos até cerca de 9am que foi quando a Missa terminou. “Depois foram libertados em diferentes partes dos subúrbios da cidade”, indicou.
Hernández assinalou que “em geral todos os domingos muitos ativistas da UNPACU são presos por tentarem assistir à Igreja Católica”, ou são impedidos de sair para que não cheguem à igreja.
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“Essa é mais uma das formas que o regime castrista utiliza para impedir que nós assistamos à Missa simplesmente para escutar a Palavra de Deus. Nós não vamos fazer nada de política, simplesmente queremos assistir à Missa”, expressou.
A UNPACU indicou que as prisões dos opositores –pertencentes a vários grupos dissidentes-, começaram na noite do sábado em Santiago de Cuba. Na madrugada e na manhã de domingo continuaram as prisões. “Só 26 ativistas de ambos os sexos chegaram ao templo”, assinalou.
Entre os detidos em toda a ilha se encontravam líderes dissidentes como Berta Soler e Guillermo Fariñas, María Cristina Labrada, Antonio Rodiles, José Díaz Silva, entre outros.
A UNPACU denunciou que “com este forte aumento nas últimas semanas das detenções arbitrárias, das agressões físicas e da perseguição contra dissidentes pacíficos, o regime castrista deixa claro que não tem a mais mínima intenção de melhorar seu histórico em matéria de direitos humanos”.
Eduardo Berdejo es egresado de la Universidad Nacional Mayor de San Marcos (Perú). Forma parte del equipo de ACI Prensa desde el 2001.