Em uma mensagem publicada nesta quinta-feira, a Conferência Episcopal de Costa Rica explicou que o respeito da dignidade às pessoas com inclinações homossexuais não pode levar a legalização de "direitos" que atentam contra a solidez da família como célula básica da sociedade e pediram aos deputados rechaçar um projeto de lei que pretende equiparar as uniões homossexuais ao matrimônio natural.

No documento, os bispos destacam que a Igreja Católica "considera que toda pessoa humana, criada a imagem de Deus, é digna do maior respeito e rechaça, conseqüentemente, toda discriminação contrária a sua dignidade. Assim, a Igreja distingue entre o respeito a toda pessoa independentemente de sua orientação sexual e o rechaço ao ato sexual homossexual, como ato objetivamente contrário ao plano de Deus para o ser humano".

Os bispos advertem além que os políticos "não podem nem devem legislar contra a reta razão, pois de fazê-lo-a norma que emitem perderia a força de obrigar em consciência"; e assinalam que "as legislações favoráveis às uniões homossexuais são contrárias a reta razão porque conferem garantias jurídicas próprias da instituição matrimonial à união entre pessoas do mesmo sexo. Considerando os valores em jogo, o Estado não pode legalizar estas uniões sem faltar ao dever de promover e proteger uma instituição essencial para o bem comum como é o matrimônio".