12 de junho de 2025 Doar
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Mais duas mulheres fazem consagração solene na Ordem das Viúvas em Conceição do Araguaia 3z3l5j

Consagração de Aparecida Rangel e Terezinha Bezerra no dia 31 de maio na diocese de Santíssima Conceição do Araguaia. | Crédito: Captura de tela do YouTube da diocese de Santíssima Conceição do Araguaia.

“Ser viúva consagrada nada mais é do que ser íntima de Jesus”, disse à ACI Digital Aparecida Rangel, de 68 anos. No domingo (31), ela e Terezinha Bezerra, de 57 anos, fizeram a consagração solene na Ordem das Viúvas da diocese de Santíssima Conceição do Araguaia (PA). Com elas, a diocese agora tem quatro viúvas consagradas e seis mulheres em formação para a consagração.

“Doar-me completamente a Jesus através do outro e deixar que Ele aja na minha vida me traz uma felicidade sem fim”, disse Aparecida, viúva há 20 anos depois de quase 30 anos de casada com Geraldo Fortunato da Silva.

Aparecida nasceu numa família católica. Ela diz ter sempre amado Jesus e a Igreja e ter vivido um casamento feliz. Ela tem três filhos e duas netas. Ao começar a formação para ser viúva consagrada em 2019, ela disse ter sentido que “tudo é diferente”. “Nada paga você poder conhecer profundamente a Palavra de Deus e firmar os pés na rocha firme, que é Jesus”.

A vocação de Aparecida está ligada à de sua filha, irmã Tereza Margarida, madre superiora do Instituto Hesed, instituto de vida religiosa de Adoração Perpétua e culto ao Sangue de Cristo, em Portugal. Aparecida disse ter sentido em um momento de oração que Deus lhe inspirou uma agem bíblica, I Macabeus 10, 54 que diz: “Façamos agora laços de amizade. Dá-me tua filha como esposa e serei teu genro, e vos cumularei, a ti e a ela, com presentes dignos de vós”.

Aparecida Rangel e sua filha madre Tereza Margarida. Crédito: Arquivo pessoal.

“Quando eu li essa agem, eu tive a certeza de que ela seria uma religiosa”, disse Aparecida. Anos depois, Aparecida ficou viúva. Em 2019, foi convidada pelo bispo de Conceição do Araguaia, dom Dominique Marie Jean Denis You, para fazer parte da Ordem das Viúvas.

“Eu tive a certeza que essa palavra de Deus que lá diz que acumularei a ela e a ti de bênção era para mim também, que nós duas íamos receber as bênçãos”, contou.

Depois de cinco anos de preparação, a consagração solene foi um dos momentos que Aparecida julga ter sido dos mais felizes de sua vida de Aparecida. Ela pôde dizer a frase que há anos levava em seu coração: eu sou do meu amado e meu amado é meu.

Terezinha Rangel também se consagrou no domingo. Ela contou à ACI Digital que desde que ficou viúva há dez anos, não pensava mais em ter marido, sentiu que teria que “viver minha vida de uma forma diferente”.

Em 2019, ela escutou dom Dominique falando sobre a Ordem das Viúvas e sentiu o chamado de Deus para se consagrar. No tempo de preparação, além de se dedicar ao estudo e oração, ela fez o seu trabalho pastoral numa zona rural chamada Alacilante, visitando doentes, idosos e ajudando na liturgia.

“Eu não sei o que é solidão”, disse ela. “Não sei e nem quero saber, porque eu sinto que a minha vida é completa. Eu sou feliz por estar nessa caminhada, pois Jesus é tudo em minha vida e servir ao próximo me completa”.

O início da Ordem das Viúvas na diocese 3s472n

A Ordem das Viúvas da diocese de Santíssima Conceição do Araguaia começou em 2020. Suraya Maria Gazar de Souza, OV, formadora das viúvas consagradas, disse à ACI Digital que “o início se deu com a escuta do grito de uma paroquiana, triste por uma congregação religiosa feminina ter deixado a paróquia por falta de vocações”.

 “O bispo dom Dominique vendo que estávamos perdendo a presença de muitas congregações femininas pelo mesmo motivo, por falta de vocações, precisando fechar casas, teve a inspiração do Espírito Santo de voltar às origens: Ordem das Viúvas”.

Segundo Suraya, dom Dominique dizia que “o nosso povo precisa certamente dos padres, mas precisa também das mães espirituais, que são as consagradas”.

Embora instituída em 2020, por causa do processo de formação a primeira consagração só aconteceu em 2 de fevereiro de 2025, que foi a de Aldenora Rabelo, de 65 anos. Este ano já aconteceu a consagração de Maria Nazaré Silva, de 61 anos, em 27 de abril e a consagração de domingo.

Segundo o estatuto da Ordo Viduarum (Ordem das Viúvas), da diocese de Santíssima Conceição do Araguaia, a ordem é formada por “viúvas que emitem livremente, de forma definitiva, a intenção de permanecer para sempre na condição de viúva e que, através do Rito Litúrgico de Bênção, são consagradas a aderir a uma forma de vida na qual viver mais profundamente: a Consagração batismal, o sacramento da confirmação, bem como a esponsalidade própria do matrimônio, adquirindo assim uma identidade peculiar na Igreja”.

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“A morte do marido, vivida como prova de fé, é, para a viúva, um chamado de Deus, uma verdadeira vocação a pertencer a Ele sem condições e sem reservas”, continua o estatuto. “O estado atual da vida não afasta a viúva do compromisso de continuar o cuidado da família, dos filhos e dos netos em fidelidade”.

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